quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Certa vez ...

Ofegante ele correu com os pulmões praticamente sugando seu intestino, saberia que seria tarde de mais se cada elemento do aleatório tivesse ocorrido de forma diferente, aquilo não aconteceria como ele realmente queria que acontecesse, fechou os olhos.
Era tudo um sonho e ficou por ver incontáveis estrelas em um céu nu sobre sua cabeça, está ofegante com o repentino despertar, o frio sobre sua espinha dava as horas da madrugada escura. Deveria realmente está ali de fronte com seu destino? Olhando pra vastidão do escuro percebeu que as formas começariam a aparecer para atormentá-lo nessa noite silenciosa. Sua coragem se esvaia como uma água corrente, tomado pelo desespero e deitar com o peito pra cima, uma mão veio para irradiar seus medos, uma mão morna e ao mesmo tempo tremula.
Ao se deitar de lado viu um rosto, o rosto mais angelical que viria em sua vida até então, suas orelhas ardiam com essa presença por ventura esquecida. Estava ali com os olhos fechados e iluminados por poucas estrelas de uma noite quente de verão a menos de três centimetros de seu nariz. Admirou as formas na penumbra por um tempo deixando sua existência de lado, suas preocupações, tudo, apenas olhando o formato do nariz e de suas têmporas e por hora seus lábios, e algo aconteceu pela coincidência  de seu sonho pela sua filosofia caótica, os três centímetros já não eram nada após um vento frio dessa noite junto com um abraço.
Ele não esperava por isso, meu intimo rugia como uma fera presa sentia algo quente em seu pulmão, com as cabeças junta ocorreu um beijo repentino e rápido, queria aquilo naquele momento mais que tudo, sem se preocupar com o amanhã, sem se preocupar com o ontem, querendo apenas esse beijo junto às estrelas, pois elas acabariam sendo seu único confidente.
A noite se passava em uma troca de carinhos dessa amizade de muito tempo, com uma definição singular e bem própria, que estranho disse ela perguntando com o rosto próximo, recebendo apenas uma contra-resposta de mais ou menos.
A noite virou dia e abraçados viram o nascer do sol e nunca mais eles retornaram a se abraçar por fato do destino, um não pertence ao outro e nunca pertencerão, somente por uma series de fatores que levaram a um beijo em uma noite quente de verão sobre as estrelas.

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